Dificilmente o “brilhantismo” será um adjetivo para  alguém que não gosta do que faz.



Você conhece alguma pessoa bem sucedida na sua carreira, seja empresário, atleta, vendedor, administrador, que continua atuando, mas nunca gostou e não gosta do que faz?

Dificilmente encontraremos um. Podem existir até vários casos de pessoas que não gostavam do que faziam e com a necessidade e o tempo começaram a aprender a gostar.

Hoje adoram o que fazem e são bem sucedidos. Quando digo bem sucedidos não me refiro a ganhar muito dinheiro e ficarem ricos, mas sim a serem bons exemplos de um bom trabalho com qualidade e com grandes resultados.

É fato que as pessoas que trabalham no que gostam, têm maiores chances de alcançar melhores resultados e estarem bem consigo mesmas em relação ao trabalho, do que as pessoas que estão trabalhando em algo que não gostam. 

 

Por que isto?

É exatamente a diferença entre obrigação de exercer uma função e a satisfação em realiza-la, gastando o mesmo tempo da vida de cada um.

Em aspectos de resultado:

Imagine em uma indústria que esteja enfrentando um problema em algum dos seus produtos, e precisa criar algo diferente para resolver. A solução depende de dois profissionais, um que adora o que faz e outro que não gosta e está procurando outro posicionamento no mercado.

O primeiro vai estudar o que pode ser feito, vai vibrar com cada conquista, vai buscar o tempo todo, uma solução para o problema, as vezes até fora do ambiente de trabalho estará pensando em uma solução e terá grande satisfação a cada passo em direção a solução.

Estará fazendo aquilo por satisfação. E por isto seu comprometimento será muito maior. Sua mente estará voltada para resolver o problema e se sente desafiado de verdade.|

O segundo vai estudar o problema por obrigação, por receio de ser “punido” se não conseguir não vai não vai insistir em tentativas, quando aparecerem as primeiras dificuldades de dar solução. Enfim, muitas vezes, não vai sairá do lugar e estará na cabeça fazendo aquilo apenas porque alguém determinou. Sua mente tem outro foco. Não está “feliz” naquela função e se conseguir dar uma solução ao problema, não trará para si, grande motivação ou a sensação de realização e desafio vencido.

Esta é a diferença do sucesso de quem faz o que gosta e de quem faz o que não gosta. Esta diferença muitas vezes se torna gritante em muitos casos onde existem na mesma Empresa e mesma função, pessoas com um preparo técnico muito inferior, em comparação a outros as vezes “formados” naquele assunto, mas com um desempenho muito maior, pois estão trabalhando no que gostam.

Infelizmente nem todos conseguem trabalhar ou ter a profissão que desejam e que gostam pelos mais variados motivos.

 

O que fazer?

Não é simples. Mas para quem vive assim, podemos sugerir: tentar aprender a gostar, muitas vezes resolve. Procure se empenhar, atingir objetivos, ficar bem consigo mesmo em relação ao trabalho, criar seus próprios desafios, entenda a importância para os demais da equipe do seu trabalho sendo bem feito, busque ter admiração das pessoas que o rodeiam. Tenha objetivos pessoais e veja seu trabalho como um meio que bem feito vai lhe proporcionar conquistas na sua vida particular. Enfim tente se apegar a algo que de fato instigue o gosto pelo seu trabalho.

Lembre que provavelmente você estará sempre perdendo oportunidades para as pessoas que simplesmente gostam do que fazem.

 

E se mesmo assim não conseguir?

Então tenha em sua mente traçar um objetivo de como conseguir trabalhar no que gosta. É comum vermos pessoas reclamando há anos que queria fazer outro tipo de trabalho, mas também não tem objetivo nenhum de como pelo menos tentar conseguir

É muito improvável encontrarmos alguém “brilhante” em algo que não goste de fazer.

E os líderes destes profissionais, o que devem fazer?

Aprender a gostar do que faz não é uma tarefa sempre isolada do profissional. Os líderes, chefes, empresários, gerentes, devem ter a missão de pelo menos tentar mostrar claramente os objetivos e a importância do exercício daquela função. Estes devem mostrar a importância do resultado do trabalho, despertar o interesse dos seus liderados a cada meta estabelecida, envolver a todos, explicar, esclarecer, ajudar sempre, pois não é incomum em muitos casos vermos profissionais terem pouco interesse no que fazem, pois nem sequer entendem a importância do seu trabalho em toda a “engrenagem”

Enfim:

Como Profissionais: Trabalhar no que gosta e se identifica é o ideal, mas se não conseguir precisa buscar de alguma forma “aprender” a gostar;

ara líderes: Selecionar pessoas que gostam do que fazem é o ideal, contudo se não conseguir, deve ter o foco maior, em desenvolver e acompanhar de perto, cada profissional na sua função.

Para empresas: Ter na sua equipe uma grande maioria de profissionais que gostam do que fazem pode ser a diferença entre o crescimento e a estagnação, ou entre o sucesso e o fracasso. Avaliar se sua Equipe é formada em maior parte por pessoas que se identificam com sua função, é o “dever de casa” de toda Empresa.