Muitos, Todo Mundo, Ninguém, a Maioria ou a Minoria



Nem Sempre a Verdade dos Números por trás destes Termos

Não se trata de um defeito, mas existem profissionais que têm uma “maneira” de analisar e principalmente comunicar “assuntos” de forma exagerada, tanto para notícias boas quanto para notícias ruins e podem trazer consequências desastrosas para uma Empresa, Organizações em geral, ao tomar decisões em função de um comunicado de quem tem mania de "globalizar" suas notícias e Informações.



Para encontra-los basta observar que normalmente em suas frases existem dois componentes presentes:

- Todo mundo...

- Ninguém...

- A Maioria, ou a Minoria

Se você é assim ou trabalha com alguém assim, tenha muita atenção e não leve a informação ao “pé da letra”, pois muitas vezes o "todo mundo, ninguém, a maioria, muitos”, é um cliente só, um produto só, dois casos, três casos, somente em centenas. Da mesma forma que "ninguém..." que muitas vezes foi uma pessoa só, duas ou três em universo imenso, mas já basta para estes "loucos por aumentar as notícias", dar como consumado e que algo deu certo ou não deu certo e a Empresa deve mudar rapidamente o quanto antes os rumos daquela situação.

Vamos a alguns exemplos:

Uma empresa lança um determinado produto e pede aos seus vendedores para oferecê-los aos clientes. Quando consultado, o vendedor que gosta de exagerar diz: "todo mundo está reclamando do preço". Ou seja, quando o gerente pergunta quantos, tem a informação de uns 3, no universo da loja são atendidos 100 clientes por dia, ou seja, pode ser até um início de tendência, mas não é fato e muito menos todo mundo. É importante, quando comunicarmos uma situação destas, dizermos que todos que atendi, aproximadamente 03 pessoas, estão reclamando do preço. Esta informação é correta, segura, e dará a quem de direito uma interpretação sobre o que pode ser feito de fato.

Uma empresa fornece gratuitamente um uniforme para todos seus 100 funcionários. Um dos integrantes exagerados diz: "Ninguém gostou do uniforme...". Normalmente foi ele, e mais dois que trabalham no setor dele. Neste caso deve falar: Nem eu, nem fulano, nem cicrano, gostamos do uniforme. Novamente é uma informação clara para quem decide, ou mesmo para os demais integrantes que estão também avaliando o uniforme. Neste exemplo, como todos sabem que estes 3 reclamam de tudo mesmo, não fará diferença alguma.

Uma telefonista recebe duas ligações em menos de um minuto de dois clientes diferentes reclamando que a ligação está baixa. Como é uma exagerada, chega ao seu gerente e a pessoa que trabalha ao seu lado e diz: "Ninguém consegue falar conosco, estão todas as linhas com som baixo demais". Neste caso o Líder não questiona, e manda uma carta para seus 1000 clientes e pede urgente para chamar o técnico da central telefônica. Este vem à empresa, faz inúmeros testes e não consegue localizar defeito algum e nem mesmo a telefonista recebe mais nenhuma ligação assim.

Existem inúmeros casos diários em qualquer Organização assim. Pessoas que exageram sem necessidade. Temos que entender que muitas vezes seu exagero pode trazer prejuízos graves para a empresa, como baixar o preço de um produto reduzindo suas margens de lucro, ou mesmo aumentar o preço por concluir que está barato sob a óptica do mercado e retrair suas vendas. Ou ainda como mudar toda uma rotina em função de um, dois casos que não representam a realidade, trazendo um custo imenso para empresa.

Por isto é fundamental e profissional sermos claros e comunicar os fatos sem exagero evitando influenciar pessoas e até o líder, com algo que nem tendência é de fato. Ou seja, procure comunicar o acontecido com dados, números verdadeiros, pois certamente você pode estar levando alguém a ter uma conclusão errada e tomar medidas, no mínimo, precipitadas.

Para gerentes e diretores: procurem sempre questionar quando precisar em de uma informação dos seus subordinados, sobre a ideia de quantidade, pois talvez seu subordinado não tenha experiência suficiente para trazer uma informação precisa. Fique atento, eduque seu exagero e da sua Equipe questionando sempre, antes de tomar alguma decisão:

Quantos?